1.7.07

O Silêncio do Lago (George Sluizer) 1988

A versão original do fantástico suspense de George Sluizer é o próximo filme do SESC Cineclube Silenzio. A sessão é neste sábado:
07/07 às 19:30hrs no SESC Cascavel-PR

A entrada é GRÁTIS.



Sinopse: Um casal de namorados, Rex e Saskia, discute durante uma viagem. Após uma parada em um posto de gasolina ela some misteriosamente. Rex inicia uma busca desesperada pela namorada e tempos depois uma pista aparece e ele se envolve em uma trama sinistra.


Título original: Spoorloos (HOL/FRA)

Gênero: Suspense/Mistério

Ano de Produção: 1988

Tempo de duração: 107 minutos

Inadequado para menores de 14 anos.


Contém cenas de:

Conflitos psicológicos atenuados;

Violência leve;




Elenco:

Bernard-Pierre Donnadieu ... Raymond Lemorne
Gene Bervoets ... Rex Hofman
Johanna ter Steege ... Saskia Wagter
Gwen Eckhaus ... Lieneke
Bernadette Le Saché ... Simone Lemorne
Tania Latarjet ... Denise Lemorne
Lucille Glenn ... Gabrielle 'Gaby' Lemorne
Roger Souza ... Empresário
Caroline Appéré ... Cashier
Pierre Forget ... Farmer Laurent
Didier Rousset ... Jornalista de TV
Raphaeline ... Gisele Marzin
Robert Lucibello ... Professor
David Bayle ... Lemorne (16 Anos)
Doumee ... Lady 'Prisunic' (como Doumée)




"Você nunca mais vai querer deixar seu/sua amado(a) longe de seu campo de visão depois desse filme" Kyle Millingan (IMDB)

3 comentários:

Anônimo disse...

Para ser bem sincera não gostei muito deste último filme - O Silêncio do Lago, talvez por ainda influenciada pelo impacto causado por Terráqueos ou então pela minha impaciência ao descobrir que o fim que levou Rex e Saskia foi o mesmo que A Noiva teve que enfrentar na segunda parte de Kill Bill.

Ainda assim, sem entrar nos detalhes que levaram o "maníaco" do filme a fazer com que suas vítimas enfrentassem seu pior medo, penso que uma interpretação sociológica é pertinente, realizando-a a partir das perspectivas do sociólogo Max Weber e do antropólogo Marc Augé.

Max Weber, com sua sociologia compreensivista, diz que a maioria das ações humanas são baseadas na racionalidade, ou seja, são definidas "milimétricamente", pensadas e refletidas a partir de um objetivo ou finalidade. Assim, segundo ele, toda ação que tem como fim um determinado objetivo a ser alcançado será guiada por princípios racionalmente criados que orientam e/ou explicam uma lógica individual.

Desta forma, pode-se dizer que a personagem de Raymond Lemorne utiliza-se de tal princípio racional para dar sentido ao seu comportamento, tendo uma vida "normal", concreta e segura com sua família e profissão, servindo-se por outro lado daquilo que Augé chama de "não-lugares". Lemorne então, que apesar de tratar-se de um "civilizado racional", quando presente em postos de gasolina, locais públicos rotativos, ou um "não-lugar" qualquer, transforma-se numa figura que pode exercer sua crueldade conforme sua lógica própria fora da normalidade exigida pela sua vida de "cidadão".

Enfim, acredito que ao levar em conta esse racionalismo perfeccionista empregado pela personagem, posso inclusive fazer uma ponte à discussão do próximo filme, a saber que o mesmo - entre outras coisas - tratará da crueldade usada como forma de alcançar o prazer. Além disso há a possibilidade de pontuar o uso da violência como um remanejamento de determinadas influências opressoras que são sociais numa atuação opressora que funciona como resposta de alívio e satisfação contra essa força social exterior. Para mais ver a discussão em comentários de "Monty Pithon Live at Hollywood BOwl"

"Há atos humanos que, considerados isoladamente, são impregnados pela nossa sensibilidade valorativa com as cores mais deslumbrantes, mas que, pelas conseqüências a que dão origem, acabam fundindo-se na cinzenta infinidade do historicamente indiferentente, ou que antes, como geralmente sucede, entrecruzando-se com outros eventos do destino histórico, acabam mudando tanto na dimensão como na natureza do seu 'sentido', até tornar-se irreconhecíveis".
(Max Weber)

Cinda disse...

O Silêncio do Lago, em sua versão original, foi um filme, que em sua época foi muito perturbador, criando até um status de cult, originando a refilmagem americana, mas é incrível, como envelheceu.

Digo isso não por culpa do filme em si, mas do cinema. O psicológico não afeta mais como outrora, o que me faz pensar que hoje em dia Hitchcock não faria o mesmo sucesso se estivesse vivo. Sem em hipótese alguma comparar esse filme aos do mestre do suspense, mas dentro de sua mediocridade (no sentido de ser um filme normal) ele tenta seguir os passos do diretor inglês, construindo uma trama onde a espera é melhor do que o resultado em si, como os filmes de Hitchcock com algumas exceções o interessante era o meio do filme e não necessariamente o final.

Enfim, apesar de ser um filme datado, mereceria uma melhor revisão de nossa parte até para quem sabe colocarnos num lugar da linha do tempo da esférica carreira da linguagem audiovisual como a conhecemos.


"No cinema, vale-se mais esconder do que mostrar"
Alfred Hitchcock

Marcos disse...

A crítica do Vander parece uma piada.
Assistam o silêncio do lago. Não é cult. É simplesmente um dos melhores
suspense que o cinema já fez.
Esse filme não envelhece nem daqui a mil anos.