19.5.09

23/05 - A Dança dos Vampiros (Roman Polanski)

NESTE Sábado dia 23 de Maio às 19:30h
No SESC Cineclube Silenzio
ENTRADA GRATUITA

A DANÇA DOS VAMPIROS (1967)

The fearless vampire killers


Direção: Roman Polanski

Roteiro: Roman Polanski, Gérard Brach

Produção: Gene Gutowski

Música Original: Christopher Komeda

Fotografia: Douglas Slocombe

Edição: Alastair McIntyre

Design de Produção: Wilfred Shingleton

Direção de Arte: Fred Carter

Figurino: Sophie Devine

País: USA/ING

Gênero: Comédia

Elenco

Ator / Atriz Personagem
Jack MacGowran Prof. Abronsius
Roman Polanski Alfred, assistente do Prof. Abronsius
Alfie Bass Shagal
Jessie Robins Rebecca Shagal
Sharon Tate Sarah Shagal
Ferdy Mayne Conde Von Krolock
Iain Quarrier Herbert Von Krolock
Terry Downes Koukol
Fiona Lewis Magda, a empregada
Ronald Lacey Idiota
Sydney Bromley Motorista
Andreas Malandrinos Cortador de árvores
Otto Diamant Cortador de árvores
Matthew Walters Cortador de árvores

Sinopse

O professor universitário Abronsius, especialista em vampiros, e seu ajudante atrapalhado Alfred, partem para a Transilvânia, no coração da Europa Central, em busca de vampiros.

No albergue em que eles ficam hospedados, por superstição, não se fala em vampiros. O dono da hospedaria está preocupado em correr atrás da empregada e cuidar de sua filha Sarah, que tem um hábito obsessivo por banho. Logo no primeiro instante, Alfred apaixona-se por Sarah.

A moça é levada pelo conde Von Krolock, um temível e poderoso vampiro, até o seu sinistro castelo localizado nas montanhas de neve. O professor e seu assistente seguem em busca do tal castelo onde, além de Von Krolock, moram seu filho e um fiel e bizarro corcunda.

Ao chegarem lá, são muito bem recebidos pelo Conde que, entretanto, aguarda apenas o momento certo para atacá-los. Começa, então, a luta de Abronsius e de seu assistente para tentar escapar do castelo levando com eles a bela Sarah, agora uma nova vampira.

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Críticas

"A Dança dos Vampiros" é, antes de tudo, uma paródia dos filmes sobre vampiros produzidos pela Hammer Film Production Ltd., tais como, "The brides of Dracula" de 1960 e "Dracula: Prince of Darkness" de 1966. Assim, o filme apresenta uma mistura bem dosada de comédia com trama policial.

Polanski sabe habilmente utilisar certos pontos fortes dos filmes da Hammer para os transcender. Os cenários realizados por Wilfred Shingleton são simplesmente magníficos. A fotografia de Douglas Slocombe, a estrutura da narrativa, a excelente música de Christopher Komeda que se encaixa perfeitamente no clima do filme e os primorosos figurinos de Sophie Devine fazem de "A Dança dos Vampiros" um clássico. O elenco é também um ponto forte, com destaque para Jack MacGowran.

O filme foi rodado entre Londres e a Itália. Embora se trate de uma comédia, Polanski consegue magistralmente inserir alguns momentos de requintado suspense.

Mistura elegante de comédia de humor negro e terror escrachado, filme é uma delícia e tem visual fantástico

Por: Rodrigo Carreiro

NOTA DO EDITOR: ★★★★☆

Uma temporada de férias de um cineasta que se preparava para vôos mais altos, em plena neve dos Alpes. Foi dessa maneira que o espectador europeu assistiu ao excêntrico e belíssimo “A Dança dos Vampiros” (The Fearless Vampire Killer, Inglaterra, 1967), um filme que parecia surgir na filmografia do cineasta polonês Roman Polanski como uma mancha – de sangue! – em uma carreira imaculada e brilhante. O tempo faria justiça, contudo, à desconfiança com que a platéia mais cerebral recebeu a divertida viagem de Polanski ao mundo imaginário dos vampiros.

Para começar, não havia nada de férias no projeto para Polanski. Muito pelo contrário. Depois de realizar o independente “Repulsa ao Sexo” e virar um nome respeitado no cenário internacional, o cineasta conseguiu financiamento norte-americano para o novo longa e viu, nele, a chance de firmar de vez seu nome no cinema internacional. Por isso, cercou-se de grandes nomes, como o renomado fotógrafo Douglas Slocombe, para realizar um estranho coquetel de horror, comédia e aventura nonsense.

“A Dança dos Vampiros” é um grande filme, um longa-metragem tipicamente europeu, que busca distância dos rótulos fáceis e situa-se numa fronteira de gêneros muito difícil de ser trabalhada com naturalidade. A trama mostra um velho estudioso de ocultismo, o professor Abronsius (Jack McGowan, em interpretação hilariante), viajando até a Transilvânia para tentar comprovar a teoria de que os vampiros existem. Não há referências a Drácula, mas nem precisava.

Quando Abronsius, acompanhado do atrapalhado ajudante Alfred (Polanski, mostrando que também é um ótimo ator, com timing perfeito para a comédia), chegam ao destino, encontram duas coisas: uma estalagem onde vive a belíssima jovem Sarah Chagall (Sharon Tate, deslumbrante antes de casar com o diretor) e um castelo habitado por uma excêntrica família de vampiros, que inclui inclusive um jovem e louro chupa-sangue afeminado.

O filme equilibra com maestria os momentos de horror e comédia, amparado por uma fotografia espetacular, que valoriza em detalhes as lindas paisagens geladas dos Alpes, o rosto angelical de Sharon Tate e a bela arquitetura secular da região. O baile dos vampiros que responde pelo clímax do filme, particularmente, é uma seqüência capaz de provocar sorrisos no amante do cinema de humor negro, pela beleza e elegância com que foi realizado. Para quem tem dúvida de que Polanski é gênio, “A Dança dos Vampiros” é um ótimo antídoto.

8.5.09

09/05 - As Duas Vidas de Audrey Rose (Robert Wise)

Neste Sábado dia 09 de Maio às 19:30hrs
No SESC Cineclube Silenzio
ENTRADA GRATUITA



Janice (Marsha Mason) e Bill Templeton (John Beck) são um casal que vive feliz com sua filha única, a bem-comportada pré-adolescente Ivy (Susan Swift). Essa imagem de família feliz começa a ser decomposta com a chegada do estranho Elliott Hoover (Anthony Hopkins). Depois de suspeitas de que ele pretende molestar sexualmente Ivy, Hoover tenta convencer aos pais que seu interesse (quase uma obsessão) pela garota é apenas paternal. Para ele, a menina é a reencarnação de sua filha, morta em um terrível acidente. Coisas estranhas começam a acontecer a partir desse momento.

Anthony Hopkins faz um sujeito rico e estudado que tenta convencer um casal (Marsha Mason e John Beck), em plena Nova York, capital do mundo, de que a filha deles é a reencarnação da sua própria filha, Audrey Rose, que morreu queimada em um acidente de carro.

Aparentemente, pouca gente levou o filme a sério, apesar do peso do nome de Wise, vencedor de quatro Oscars, diretor de A Noviça Rebelde/The Sound of Music, um dos maiores sucessos de bilheteria de todos os tempos, e do extraordinário Amor, Sublime Amor/West Side Story, para citar apenas duas obras de sua vasta filmografia - que inclui o trabalho de montagem de Cidadão Kane/Citizen Kane.

Já o AllMovie, numa crítica assinada por Craig Butler, dá importância ao filme. “Audrey Rose, parte do ciclo de filmes de terror dos anos 1970 causado pelo enorme sucesso de O Exorcista, é um exemplo mais inteligente, cheio de nuances, do gênero - o que é ao mesmo tempo sua bênção e sua maldição. Robert Wise o dirigiu numa maneira relativamente suavizada, mas ainda assim tem diversos momentos apavorantes. Trabalhando sobre um roteiro muito palavroso - e que tenta discutir racionalmente o conceito de reencarnação ao mesmo tempo em que mantém uma atmosfera de horror -, Wise inteligentemente faz das palavras uma vantagem. Mantém o foco no diálogo - ou, muitas vezes, monólogo -, enquanto sutilmente dá grande ênfase aos movimentos para criar tensão ou suspense. Wise também dá ao filme um estilo visual, e a cena do homem de neve na escola é particularmente bem feita. Ele é ajudado pela atuação intensa, cheia de dor, de Anthony Hopkins, e pela mudança impressionante por que passa Susan Swift no papel título.”



Título no Brasil: As Duas Vidas de Audrey Rose
Título Original: Audrey Rose
País de Origem: EUA
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 113 minutos
Ano de Lançamento: 1977
Site Oficial:
Estúdio/Distrib.:
Direção: Robert Wise