28.10.07

03/11 - Não haverá sessão

No dia 03/11 Não haverá sessão, recesso.


No dia 04/11 (domingo)
participe da peça


"Já Não Estou Sozinha - Variações em Um Ato"


do Colégio Estadual Padre Carmelo Perrone e com direção de
Laysmara Carneiro Edoardo.



Release: Peça de Teatro (Grupo TemPeraMento) Colégio Estadual Padre Carmelo Perrone encenada por alunas no Ensino Fundamental e Médio.


Baseada em uma citação de Jorge Luis Borges, a peça trata do universo feminino a partir do enfrentamento das personagens à situações cotidianas, quando é possível perceber suas trajetórias, peculiaridades, passado e futuro, além de suas semelhanças. Visualizando então, temperamentos e individualidades, é possível tornar o enigma das experiências íntimas compreensível, buscando para além dos fatos, o lado desconhecido de um solilóquio.



Incentivem as meninas que apresentam e interpretam a peça, é a primeira vez que sobem ao palco e sabemos que nosso público tem gosto de apoiar a cultura ainda em seus primórdios.



O ingresso é apenas R$3,00 (tres reais), será no Centro Cultural Gilberto Mayer a partir das 20h.

22.10.07

Dom Quixote (Orson Welles) 1992 (finalização)

Neste SÁBADO 27/10/2007
Às 20h no SESC Cineclube Silenzio
ENTRADA GRÁTIS
SINOPSE
Welles mergulha na obra de Cervantes através das personagens de Dom Quixote e Sancho Pança que viajam pela Espanha de 1960, mostrando as suas gentes e os seus costumes, destacando as corridas de touros que tanto apaixonavam Welles, sem deixar de lado tradições populares como as Festas dos Mouros e dos Cristãos, ou as procissões religiosas. As excepcionais interpretações de Reiguera e Tamiroff, tal como a aparição de Welles em algumas cenas, fazem com que este filme seja imprescindível.


Neste sábado no SESC Cineclube Silenzio, Don Quijote by Orson Welles, o filme inacabado do realizador de Citizen Kane, uma versão cinematográfica da mítica obra de Cervantes. É um Dom Quixote diferente porque, se por uma lado tem por base a obra e as personagens de Cervantes, por outro tem como cenário a Espanha atual (fato que dá origem a anacronismos vários).Welles demorou 14 anos a fazer este projecto e, não o concluindo, coube a Jesus Franco a tarefa de compilar o resultado do trabalho de Welles. O problema é que o que ficou desses 14 anos não foi um conjunto coerente de imagens, cujo único elemento em falta eram os elos de ligação. Welles deixou sequências muito diversificadas, algumas sonorizadas e outras ainda por sonorizar e algumas notas de como gostaria de misturar tudo aquilo. Deixou também cerca de uma hora, com narração sua. A ordem sequencial de todos os elementos não foi deixada nada clara e, assim sendo, qualquer tentativa de compilação, por muita qualidade que tenha e muito respeito que nos mereça, poderá ser sempre posta em causa.É certo que Franco esteve presente em boa parte do trabalho de Welles para este filme. Ainda assim, não podemos deixar de considerar este Don Quijote apenas uma proposta de compilação de material de Orson Welles, salvaguardando as devidas (e jamais esclarecidas) dúvidas em relação ao que Welles realmente queria.Don Quijote by Orson Welles não é o único filme inacabado de Welles e está muito longe de ser o único filme inacabado da história do Cinema (Une partie de Campagne de Jean Renoir ou Que Viva Mexico de Sergei Eisenstein são apenas dois exemplos) e as questões que se colocam em relação a este filme podem colocar-se em relação a outros trabalhos por concluir. Para além disso, é também possível ponto de discussão o «by Orson Welles» que acompanha o título. Se pudesse ver a obra terminada por Jesus Franco, até que ponto poderemos afirmar que Welles se identificaria com aquele trabalho? Não sabemos. Nunca saberemos. E por isso mesmo, talvez valha a pena ver este filme, sempre com a noção das suas particularidades.



Don Quijote de Orson Welles

Dir.: Orson Welles - post.: Jesús Franco

Com: Francisco Reiguera, Akim Tamiroff, Orson Welles, José Mediavilla, Juan Carlos Ordóñez, Constantino Romero, Fernando Rey.


Documentário/Ficção, 1992 (finalização) P&B 116 minutos.

13.10.07

Felicidade (Todd Solondz) 1998

SÁBADO 20/11/2007
às 19:30h no SESC Cineclube Silenzio
ENTRADA GRÁTIS





Sinopse Felicidade é o retrato de uma série de pessoas interligadas por laços familiares ou sociais, todas elas vivendo num estado de desespero ou de simples depressão, e levadas a tomar atitutes imorais ou criminosas.
Joy Jordan procura o homem certo e a definição de uma situação laboral que a torne um membro útil da sociedade. Ocorre-lhe "ajudar os outros". Na verdade, desejava ter sucesso enquanto cantora folk.
A irmã de Joy, Helen, é uma escritora bem sucedida e uma "femme fatale" devoradora de homens, mas completamente insatisfeita com a vida. Autora de textos como "Violada aos 12" e "Violada aos 13", lamenta não ter tido uma experiência traumática na infância que lhe permitisse transmitir alguma verdade naquilo que escreve.
A última das irmãs Jordan é Trish, uma dona de casa com uma vida banal. É casada com um psicólogo, Bill Maplewood, que sente uma atração irresistível por rapazes no início da puberdade. O filho de 11 anos, Billy, atravessa uma crise por não conseguir alcançar o orgasmo, ao contrário de todos os rapazes da sua turma. Allen é plenamente patético. Não consegue encarar uma relação normal e procura satisfação através de chamadas telefônicas obscenas para mulheres desconhecidas. Nem todas são desconhecidas; a sua "vítima" preferida é a vizinha Helen.

. Críticas

"Felicidade" é um brilhante filme, de certa forma irônico, que acompanha a vida de três irmãs bem diferentes, todas à procura da 'felicidade', cada uma a seu modo, mas nenhuma conseguindo ter sucesso. Roteirizado e dirigido por Todd Solondz, o filme procura passar a mensagem de que a verdadeira felicidade é um mito. O roteiro de Solondz é perfeito. A trama é desenvolvida com bastante sensibilidade. Ao contrário da maioria dos filmes, que trata pessoas com desvios sexuais e de caráter, tais como pedófilos e criminosos, como verdadeiros monstros, Solondz procura, em "Felicidade", vê-las como seres humanos.

A fotografia de Maryse Alberti é suave e a trilha sonora é adequada. Mas o maior brilho de "Felicidade" reside na série de extraordinárias atuações proporcionadas pela maioria do elenco.


"Felicidade é... saber que há americanos como Solondz acima da linha do Equador que não nos seca o sangue da boca com a bandeira americana depois de um chute com seu Nike. Ele nos traz um filme forte, inteligente, realista ao extremo e sobretudo, corajoso."


"O filme oferece uma visão humanista de personagens outsiders, tirando a carga de estereótipos que eles costumam ganhar em blockbusters de Hollywood e, assim, aproximando-os do espectador. A destruição avassaladora do sonho americano é mais impactante e comovente que a promovida em "Beleza americana". O diretor não tem medo de jogar na tela e na cara do público cenas fortes, algumas que fazem rir e chorar ao mesmo tempo. Atuações brilhantes e, melhor de tudo, um autor que tem muito o que dizer e não está disposto a fazer algumas concessões em suas obras para levar Oscars para casa. É um dos grandes filmes da década de 90, um dos poucos que merecem nota 10 sem sombra de dúvida."


"Perfeito! Coloca "Beleza Americana" no bolso em menos de 5 minutos na tela."



Elenco: Jane Adams (Joy Jordan)
Jon Lovitz (Andy Kornbluth)
Philip Seymour Hoffman (Allen)
Dylan Baker (Bill Maplewood)
Lara Flynn Boyle (Helen Jordan)
Justin Elvin (Timmy Maplewood)
Cynthia Stevenson (Trish Maplewood)
Lila Glantzman-Leib (Chloe Maplewood)
Gerry Becker (Psicoterapeuta)
Rufus Read (Billy Maplewood)
Louise Lasser (Mona Jordan)
Ben Gazzara (Lenny Jordan)

EUA, 1998, Cor, 134min.


7.10.07

Os Incompreendidos (França, 1959) François Truffaut

Devido ao feriado do dia 12, a Sessão desta semana ser quinta feira (11/10) às 19:30h

Entrada Grátis.

Os Incompreendidos não é só o primeiro longa de Truffaut, filmado em 1959: é um dos títulos seminais da nouvelle vague e um dos melhores filmes de todos os tempos.
Trata-se de uma obra-prima. Parafraseando um comentário de François Truffaut sobre Os Pássaros, de Alfred Hithcock, o cinema foi inventado para que semelhante filme fosse feito.
Fotografado em preto-e-branco, Os Incompreendidos acompanha o percurso de um garoto de 12 ou 13 anos pela Paris do final dos anos 50.


A criança está sempre se metendo em encrencas, e vem daí o título original, Les 400 Coups – uma expressão idiomática francesa que pode ser traduzida por “pintar o sete”. Antoine Doinel mata aula e mente que a mãe morreu, ergue um altar em honra de Honoré de Balzac e quase mete fogo na casa, rouba e se arrepende, é preso e foge.


O roteiro, do próprio Truffaut, em parceria com Marcel Moussy, recusa o clima piegas que costuma lambuzar filmes sobre infância.


É quase um documentário, profundamente alegre em certas partes e triste, suave, melancólico no seu todo.
Passados quase 40 anos, o final deve se manter surpreendente. É um dos filmes mais simples e mais belos em cento e poucos anos de cinema.
Truffaut insistiu no personagem
O homem que amava as crianças não gostava de admitir o quão autobiográfico era o seu primeiro longa-metragem.


François Truffaut (1932-1984) não gostava de admitir, mas teve uma infância bem parecida com a do protagonista de Os Incompreendidos. Amargou problemas com os pais, aplicou pequenos golpes e acabou confinado num reformatório juvenil.
O homem que amava o cinema chegou a fazer do personagem Antoine Doinel e de seu intérprete, o ator Jean-Pierre Léaud, uma espécie de alter ego. Doinel, sempre interpretado por Léaud, voltou em outros quatro filmes ao longo de 20 anos, num caso único de insistência no triângulo diretor-personagem-ator: Antoine e Colette (1963), Beijos Proibidos (1968), Domicílio Conjugal (1970) e O Amor em Fuga (1979).


O homem que amava as mulheres repetiria em uma dezena de outros filmes sua devoção aos temas da infância e da solidão. Numa entrevista, chegaria a declarar que não conseguiria fazer outro filme “tão eficaz” como Os Incompreendidos: – Fico muito surpreso quando me dizem que se trata da solidão de uma criança. É exatamente isso o que eu queria.(Eduardo Veras, Agência RBS)

OS INCOMPREENDIDOS
Título Original: Les 400 CoupsPaís de Origem: FrançaAno: 1959Duração: 93min
Diretor: François Truffaut.
Elenco: Jean-Pierre Léaud, Albert Rémy, Claire Maurier, Patrick Aufey e outros.


4.10.07

Amores Brutos (Alejandro G. Iñarritu) 2000

Neste sábado dia 06/10 às 19:30h
Entrada Grátis

Na confusa cidade do México, um carro em alta velocidade provoca um acidente que estraga três vidas. Octavio, o adolescente ao volante, fugia em alta velocidade das grandes confusões que deixou para trás, tendo ao lado seu cão Cofi, que sangra sem parar. Octavio ama sua cunhada, Susana - e Cofi é a fonte de renda dos dois.No outro carro, a modelo Valeria dirigia feliz. Ela tinha acabado de se mudar para viver ao lado de seu amor, o executivo Daniel. Depois do acidente, conhece o inferno. Até Richi, o cachorrinho de Valeria, assume a depressão e o desespero da dupla de recém-casados.El Chivo é uma testemunha do acidente. Ex-guerrilheiro comunista, atual matador de aluguel, ele é o modelo do desencanto e da amargura. Corre para o local do acidente, mas a única vida que lhe interessa ali é a de Cofi. Curiosamente, é o cachorro que perturba a sua vida, dando-lhe a chance de se reconciliar com o passado.


"Amores Brutos" de Alejandro Gonzales Iñarritu (21 Gramas, Babel) é a tradução mais densa do amor, todas as suas variações e tudo o que pode representar. O roteiro é bastante inteligente e ágil em reunir as três histórias presentes. É claro, que em alguns momentos, há uma quebra no ritmo, mas nada que comprometa o resultado final. O filme conta com realismo, magnitude e violência mostrados de uma forma não para chocar, mas para mostrar as dificuldades existentes, acima de tudo relacionadas com o amor e a perda;




Gênero: Cinema Latino-Americano
Atores: Emilio Echeverria, Gael García Bernal, Goya Toledo, Alvaro Guerrero, Jorge Salinas, Vanessa Bauche
Direção: Alejandro González Iñárritu
Idioma: Espanhol,
Legendas: Português,
Ano de produção: 2000
País de produção: México
Duração: 153 min.





Queriamos agradecer imensamente à todos que participaram do evento FUGU.