18.6.07

Terráqueos (Shaun Monson) 30/06

Lembramos que dia 23/06 o SESC estará promovendo a mostra 15 de Teatro no Gilberto Mayer em Cascavel, em decorrência disso, não haverá sessão do Cineclube.



Mas no dia 30/06 voltaremos com o documentário Terráqueos (Eathlings) de Shaun Monson.


Após o filme faremos um debate sobre o assunto. E principalmente em cima da questão de Cascavel começar a produzir carne de Vitela.



EARTHLINGS (Terráqueos) é um documentário sobre a absoluta dependência da humanidade em animais (para companhia, comida, roupa, entretenimento, e pesquisa científica) mas também demonstra nosso completo desrespeito por estes chamados "provedores não-humanos".




O filme é narrado pelo indicado ao Oscar Joaquin Phoenix (GLADIADOR) e apresenta música pelo artista de platina renomado pela crítica Moby.


Em 2005 ganhou 3 prêmios em 3 festivais diferentes Boston, San Diego e Artivist.


Com um estudo profundo em pet shops, fábricas de filhotes e abrigos de animais, como também em fazendas industriais, o comércio de couro e de peles, as indústrias de esportes e entretenimento, e finalmente a profissão médica e científica, EARTHLINGS usa câmeras escondidas e imagens nunca antes vistas para demonstrar as práticas cotidianas de algumas das maiores indústrias do mundo, todas as quais dependem totalmente em animais para o lucro. Poderoso, informativo e provocador, EARTHLINGS é de longe o documentário mais compreensível já produzido na correlação entre a natureza, animais, e os interestes econômicos humanos. Existem muitos filmes valiosos de direitos dos animais, mas este transcende o cenário. EARTHLINGS grita para ser visto.


Às vezes, as pessoas acabam esquecendo da realidade, que na vida real, nem tudo é perfeito ou bonito, pode parecer um inicio de texto clichê, mas é o melhor modo de começar a falar sobre Terráqueos. Filme que no mínimo deveria ser visto ao menos uma vez por cada ser humano quevive neste planeta. Terráqueos é um choque...É um tiro na cabeça...literalmente...modifica você.

Os humanos em seu geral, classificam-se como seres superiores e poderosos, com tantos direitos e ideiais, mas acabam esquecendo de um outro lado. Um lado que tambem tem vida, sente dor, fome, frio...Etc. Terráqueos mostra CLARAMENTE e sem cortes como funciona o mundo atual e sua ligação com os animais.
Você verá todo modo de aflição que o homem proporciona aos animais de estimação, no consumo de carne, na diversão geral e tambem na ciência. Mas o filme não foi feito apenas pra chocar com um punhado de imagens impactantes, ele funciona como uma ótima lavagem cerebral nos humanóides especistas.


Não existe contra indicação para este filme.. deve ser visto em familia, com amigos, namorados, parentes, salas de cinema...




“Se eu pudesse fazer com que todos no mundo vissem um filme, eu os faria assistir EARTHLINGS.” -
Peter Singer, autor Libertação Animal


fontes: movimentocinemalivre.multiply.com (Thiago)
e somostodosum.ig.com.br



2005 (EUA) 108 minutos . Colorido com legendas um português.



Para ver o que foi debatido nos filmes anteriores acesse "comentários" no respectivo filme.

11.6.07

A Entrevista (Takashi Miike)

O filme do próximo sábado dia 16/05 no SESC Cineclube Silenzio, é a obra-prima do cultuado diretor japonês Takashi Miike, A Entrevista, ou Audition. As sessões são no SESC Cascavel, todos os sábados às 19:30hrs. A entrada é grátis. Lembramos a todos também que no outro sábado, dia 23, o Cineclube não fará sessão em decorrência da Mostra 15 de eTeatro do SESC, participem.
Sinopse: Um solitário viúvo conta com a ajuda de um produtor, que arma uma audição para um filme inexistente, afim de que o amigo escolha sua futura mulher. O viúvo fica fascinado por Yamazaki, uma jovem misteriosa e enigmática.
Crítica por: Bernardo Krivochein (Rio) em Zeta Filmes
Minha mandíbula dói. Pelos últimos 15 minutos, eu fiquei de boca aberta. Eu odeio "Audition" por isso. O filme vai criando um clima carregado, mas toda a expectativa que você vem montando, se preparando, de nada serve. Eu entro na sala e o filme já tem o ponto negativo de ter sido elogiado por tudo que é imprensa especializada de cinema, tem essa aura carregada que me faz esperar que o filme seja no mínimo "..E O Vento Levou" do rodízio de Sushi, o que nunca acontece. Saio do cinema, concordando com tudo aquilo que li e pior:Eu estava realmente com medo.
Aoyama (Ryo Ishibashi, ex-vocalista de uma banda de punk rock) é um pai viúvo há muitos anos, dono de uma produtora, criando um filho adolescente que, belo dia, propõe que está mais do que na hora de ele encontrar uma mulher. Seu amigo, produtor de cinema, propõe um teste de elenco caô, para que ele selecione entre as pobres candidatas incautas, a ideal para um relacionamento. Dentre todas, a bailarina fracassada Asami é a que o atrai, principalmente pela familiaridade com a sensação de perda, compartilhada pelos dois. Lentamente, vão marcando encontros onde, desajeitadamente e afobadamente, envolvem-se. Audition inicia-se como uma comédia romântica, que lentamente ganha sobriedade e pinta um painel sobre a solidão em cidades grandes e dos relacionamentos na Tóquio moderna.
Desnecessário dizer que tudo vai para o vinagre.
Até porque se você estiver familiarizado com a obra do diretor Takeshi Miike (que dirigiu "Ichi The Killer", "Visitor Q" e "The Happiness of the Katakuris", que parece ser um "Oito Mulheres" que deu certo), sabe que o sujeito não é conhecido por ser contido - feito o tarado da estação Pampulha, ele mostra tudo. Mas o nervosismo, o virtuosismo de câmera, um roteiro vazando adrenalina, todo o conjunto normalmente associado a ele, ficou para outro filme. Miike mostra maturidade, paciência de Jó e muito sadismo com "Audition". São tantas vezes que ele te leva para um outro lugar além daquele que você espera, que me deixou exausto, sem fôlego. São várias rasteiras que ele te reserva, mas esqueça que um dia eu falei isso e seja surpreendido.
"Audition" constrói-se em cima de fatias de tensão, que são incorporadas ao filme discretíssimamente, tanto que antes do clímax explosivo, o clima está tão pesado que é insuportável. Se a Subway vendesse um sanduíche baseado nesse filme, seria chamado de Mega Combo do Cagaço e seria tão cheio de recheio que seria impossível comê-lo sem que litros de molho não derramassem na sua camisetinha branca apertada. "Audition" traz ao espectador a coisa mais próxima de um filme que Hitchcock hoje, caso estivesse ainda vivo e consciente da vertente atual. É sufocante.
É lento pacas, mas o personagem principal acaba entrando pela veia do espectador. Ele é desnudo para o espectador, psicologicamente, somos sempre recordados de que ele não é perfeito, mas aceitamos o sujeito mesmo assim. Embora as decisões tomadas por Aoyama sejam perfeitamente machistas e chauvinistas (ele só quer encontrar uma mulher para preencher o SEU vazio, tem que corresponder às SUAS expectativas e se ele tiver que tirar algumas moças de seu caminho e mentir para elas, colocando-as numa situação de quase mercado humano, isso nunca é refletido por ele), no final das contas, ele é um sujeito sozinho e todos se identificam com isso. Não resta dúvidas de que ele não é, nem de longe, uma pessoa ruim.
O impacto de "Audition" é fruto justamente disso: o público encontra-se no personagem e, logo, encontra-se jogado no meio de um sonho tornado pesadelo. "Atração Fatal" é pinto! Eu odeio esse filme pela inquietação que me fez passar e amo simplesmente pela pequena obra-prima de terror que o filme é. A imagem de uma menina japonesa dizendo que eu tenho que amar a ela e somente a ela para sempre me dá frios na espinha. O filme nos abandona, várias questões foram deixadas sem resposta e o filme nos persegue pela rua, saindo do cinema. Não consigo frisar o bastante a qualidade desse filme. Segura na mão de Deus e vai.
"Odishon" Japão, 1999. 115 mins. Direção: Takeshi Miike. Estrelando: Ryo Ishibahi, Eihi Shiina, Tetsu Sawaki, Jun Kunimura, Renji Ishibashi.

3.6.07

Ondas do Destino (Lars Von Trier)

Neste sábado dia 09/06 às 19:30hrs, o filme exibido pelo SESC Cineclube Silenzio será "Ondas do Destino" (Breaking the Waves) do dinamarquês Lars Von Trier (Dogville, Dançando no Escuro), a exibição é no salão do SESC Cascavel e a entrada é GRÁTIS.
No norte da Escócia uma jovem mulher (Emily Watson) se apaixona e se casa com um dinamarquês (Stellan Skarsgard) que trabalha em uma plataforma de petróleo. Quando ele retorna ao seu serviço sofre um acidente, quebrando seu pescoço e provavelmente o deixando incapacitado para o resto da vida. Nesta situação ele pressiona a mulher a procurar amantes e lhe contar detalhes de suas relações.
Premiações-
- Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Atriz (Emily Watson). - Recebeu 2 indicações ao Globo de Ouro, nas categorias de Melhor Filme - Drama e Melhor Atriz - Drama (Emily Watson). - Recebeu uma indicação ao BAFTA, na categoria de Melhor Atriz (Emily Watson). - Recebeu uma indicação ao Independent Spirit Awards, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. - Ganhou o César de Melhor Filme Estrangeiro. - Ganhou o Grande Prêmio do Júri, no Festival de Cannes. - Ganhou 3 prêmios Bodil, nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Atriz (Emily Watson) e Melhor Atriz Coadjuvante (Katrin Cartlidge). - Ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival Internacional do Uruguai.
Curiosidades- Ondas do Destino é o filme de estréia da atriz Emily Watson.
Título Original: Breaking the Waves
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 152 minutos
Ano de Lançamento (Dinamarca): 1996
Direção: Lars Von Trier
Roteiro: Lars von Trier e Peter Asmussen
Produção: Peter Aalbak Jensen e Vibeke Windelov
Fotografia: Robby Müller
Direção de Arte: Karl Juliusson
Figurino: Manon Rasmussen
Edição: Anders Refn
Cópia em Francês com legendas em português.