29.7.07

Afogando em Números (Peter Greenaway) 1988

Neste sábado dia 04/08

O Sesc Cineclube apresenta:

Afogando em Números (Drowning by Numbers) uma das obras-primas do genial diretor bretão Peter Greenaway


É no SESC Cascavel às 19:30hrs (às 19 horas haverá uma apresentação teatral em cima de textos de Nelson Rodrigues)



A ENTRADA É GRÁTIS



Sinopse: Três mulheres com o mesmo nome, Cissie (Joan Plowright, Juliet Stevenson, Joely Richardson), tem mais do que isso em comum, planejam afogamentos. A garantia para os crimes não virem à tona é dada por um amigo apaixonado por elas: ele declara que os afogamentos foram acidentes. Esse amigo e seu filho são obcecados por jogos de todos os tipos, que são jogados durante o filme. Um jogo também é feito com o espectador: de um a cem, descobrem-se os números, às vezes, dissimulados nos diálogos, outras vezes em lugares diferentes da cenografia. O cineasta leva o espectador a percorrer a tela como se percorre um quadro, a encontrar os números e, assim, desenhar a trama dos afogados.



Diretor: Peter Greenaway
Atores: Joan Plowright, Juliet Stevenson, Joely Richardson, Bernard Hill, Jason Edwards
Gênero: Experimental/Arte
País de Origem: Reino Unido, Holanda
Ano de Produção: 1988

Duração:
118 minutos.




Desanconselhável para menores de 15 anos



Contém cenas de:
nudez;
insinuações de sexo;



CENA:

22.7.07

Cannibal Holocaust (Ruggero Deodato) 1980

O famigerado Cannibal Holocaust é o próximo filme exibido pelo SESC Cineclube Silenzio. Dia 28/07 às 19:30hrs. ENTRADA GRÁTIS

Desaconselhável para menores de 18 anos.


Há uns quatro anos atrás, você, assim como eu, foi assistir a um filme de terror “no-budget” que estava estourando nas bilheterias do mundo inteiro e se tornou uma febre mesmo, já que sumiu com a mesma velocidade que surgiu. Você, assim como eu, achou muito bem bolada a trama do filme, aquela dos três jovens estudantes de Cinema que se perdem numa floresta e alguns meses depois, são encontradas as câmeras que eles usaram para gravar os últimos dias de suas vidas. E você, assim como eu, achou mais bem bolado ainda o golpe de marketing dos cineastas, que venderam o filme na Internet como um fato real. E você, que quer ser diretor e roteirista, assim como eu, ficou frustrado por não ter tido essa mesma idéia antes.

E quem disse que isso é um problema, já que existe uma ferramenta chamada “plágio”, que vira e mexe aparece sendo usada por aí; aliás, “A Bruxa de Blair” é um plágio, plágio desse “Canibal Holocausto” que começo (realmente) a escrever agora.

Sessão Maldita no CineSesc, são meia-noite. Eu e o Bruno (aqui do Plano a Plano) já tínhamos assistido a “Santa Sangre” (Alejandro Jodorowsky) e estávamos esperando o início de “Canibal Holocausto”, quando o curador da mostra, Carlos Reichenbach (um sujeito que eu nunca imaginei que pudesse ser tão engraçado), fez a seguinte advertência: se alguém tivesse estômago fraco ou fosse membro da Sociedade Protetora dos Animais, que, por favor, saísse da sala antes da exibição. E eu, aqui, estou de prova: ele tinha razão.

Assassinatos, mutilações humanas (a última faz o mais macho dos machos gemer de aflição), estupros, atentados violentíssimos ao pudor, matança de animais... parece que estou escrevendo sobre a guerra em Serra Leoa.

Tudo isso faz parte do material recuperado de cinco documentaristas que sumiram na Floresta Amazônica enquanto filmavam as tribos canibais que ali viviam. Parênteses: nosso Ministério do Turismo agradece a Ruggero Deodato, o cineasta do filme (e tinha gente reclamando dos Simpsons). E agora, as curiosidades: os efeitos especiais são tão realistas que o diretor teve de provar em juízo que toda a carnificina era falsa; o diretor apresentou os atores em um programa de televisão para provar que eles não haviam sido mesmo devorados; vários animais foram realmente mortos durante as filmagens, sendo que a seqüência da tartaruga é a mais impressionante (fonte: Internet Movie Database).

É um filme de difícil classificação, já que “bom” ou “ruim” são termos que não consigo empregar nesse caso. Mas, acho que é um filme extremamente curioso e obrigatório para cinéfilos e estudantes de Cinema.

O grande empecilho de “Canibal Holocausto” é seu o difícil acesso. Assistimos a uma versão estrangeira em DVD, da videoteca do Carlos Reichenbach, e até onde sei, o filme nunca foi distribuído no mercado de vídeo brasileiro e acho difícil que ele venha a ser exibido por um canal de televisão (aberto ou fechado).


CURIOSIDADES
- Os efeitos especiais no filme eram tão realistas que o diretor Ruggero Deodato teve que provar que era maquiagem e sangue falsos.
- Os animais no filme eram reais, o que resultou o filme ser proibido em seu vários países.
- Esse filme é um dos dez mais violentos e grosseiros de todos os tempos no Japão.
- O filme causou alguns escândalos na Itália naquele tempo e teve problemas com a censura. Havia um boato que os atores realmente morreram, assim o diretor Ruggero Deodato teve que mostrar os atores com ele no set de uma mostra Italiana na tevê a fim de provar que não tinham sido comidos vivos.
- Deodato se inspirou para fazer o filme após ter visto seu filho assistir um violento noticiário na tevê, e pensou sobre como os jornalistas focalizam a violência.



Contém cenas de:

Violência Extrema;

Crueldade;

Canibalismo;

Nudez;

Sexo (estupro);

Tortura;

Morte real de animais;

16.7.07

O Bandido da Luz Vermelha (Rogério Sganzerla) 1968

Neste sábado, dia 21/07
às 19:30 horas
No SESC Cascavel
Entrada Gratuita


Título Original: O Bandido da Luz Vermelha
Gênero: Drama
Origem/Ano: BRA/1968
Duração: 92 min
Direção: Rogério Sganzerla
Elenco: Paulo Villaça Helena Ignês Luiz Linhares Pagano Sobrinho Roberto Luna José Marinho Ezequiel Neves Sérgio Mamberti Renato Consorte Maria Carolina Whitaker Paula Ramos Sérgio Hingst Lenoir Bittencourt lolah Brah Carlos Faraht Luís Alberto Antônio Lima Miriam Mehler Ozualdo Candeias Júlio Calasso Maurice Capovilla Neville D'Almeida Armando Barreto Carlos Reichenbach José Alberto Reis Renata Souza Dantas Ítala Nandi Sônia Braga Maurice Segall Júlio Grimberg


Inadequado para menores de 12 anos

Sinopse: Misterioso assaltante de residências luxuosas em São Paulo, chamado pela imprensa de O Bandido da Luz Vermelha, traz sempre uma lanterna vermelha e conversa longamente com suas vítimas. Apesar dos esforços da polícia, o bandido continua a circular sem problemas. Quando ele chegava, os valentes iam dormir mais cedo e as mulheres mais tarde. Clássico do Cinema Marginal, esta obra pode ser considerada como ponto de transição entre a estética do Cinema Novo e a ruptura marginal. Realizado na Boca do Lixo, este filme ainda conserva traços da produção cinema-novista que gira em torno da representação alegórica do Brasil e de sua história. Porém, a forte presença do universo urbano, da sociedade de consumo e do lixo industrial gerado por essa sociedade, marca uma nítida diferença. O abandono da ética do Cinema Novo e o aproveitamento, a partir daí, do cafona, acentuando a degradação dos personagens, vão igualmente nesta direção. Na representação do Brasil, o universo do político é explorado para aumentar o grotesco distante de uma visão global do social. "O Bandido da Luz Vemelha" é inteiramente elaborado, inclusive em sua forma narrativa, a partir dos restos da produção industrial da cultura de massas. A ausência de formas narrativas populares, como motivo para a fragmentação da linguagem, permite a adequação da narrativa da obra ao universo do lixo urbano da sociedade de consumo. O Brasil que emerge dos fragmentos desse filme já é um país completamente distinto daquele que surge nas alegorias cinema-novistas.

9.7.07

Salò ou Os 120 Dias de Sodoma (Pasolini) 1975

Próximo Sábado dia 14/07 às 19:30hrs

No SESC Cascavel/PR - Entrada Grátis

Salò ou os 120 Dias de Sodoma/

Salò o le Centoventi Giornate di Sodoma

Dirigido por Pier Paolo Pasolini

Itália/França, 1975 Cor - 108 min.

Com: Paolo Bonacelli, Giorgio Cataldi, Umberto P. Quintavalle, Aldo Valletti (dobrado p/ Marco Bellochio), Caterina Boratto, Elsa De Giorgi, Hélène Surgère Sonia Saviange, Giuliana Melis, Faridah Malik, Sergio Fascetti, Antonio Orlando

Os Senhores coordenam a operação de recolha das vítimas; jovens de ambos os sexos na flor da idade, que serão levados para a mansão onde hão-de decorrer as orgias, subordinadas a ciclos dantescos. Antinferno, Esperma, Merda, Sangue. Os ciclos da vida, e do sexo associado à alegria, são expressamente rejeitados por Pasolini, que assim compõe um filme em ruptura com ele próprio. Um filme sobre ciclos também, mas desta feita sobre ciclos de morte.

Transpondo «Os 120 Dias de Sodoma», do Marquês de Sade, para os últimos dias da ditadura fascista italiana, «Salò» não podia deixar de ser um filme violento, atroz, repulsivo. Porque é do que trata Pasolini na sua obra final; o fascismo. Violento. Atroz. Repulsivo. O sexo é agora um castigo; uma introdução às torturas finais, de que são merecedores todos aqueles que mereceram uma referência no livrinho de apontamentos dos detentores do poder.

O fascismo é explorado em todas as vertentes possíveis. O espaço fechado da mansão, a lei escrita - e reescrita - a bel-prazer pelos Senhores, o domínio absoluto sobre o "povo", a exigência total da conformidade dos comportamentos aos desejos dos dominadores, a censura, a denúncia e o colaboracionismo. Quanto à censura, não deixa de ser curioso - e por outro lado, algo óbvio - que a forma com que Pasolini fez revestir o filme tenha despertado tais ódios e perseguições, de pessoas que quiseram proibir exibições e até destruir negativos. Ainda hoje «Salò» está banido em alguns países.

Um dos terrores menos gráficos, é a nossa incapacidade de resistência à opressão e ao terror do domínio total do regime, que nos leva a ceder e a tornar-nos parte. A fuga ao pesadelo passa pela denúncia do vizinho, que é reconhecida e estimulada pelos Senhores. A sequência das denúncias no filme leva o espectador ao riso, e, no entanto, será das sequências menos caricaturais. É a partir daqui que se escolhem os eleitos, aqueles que serão levados para «Salò». Os que olharam o abismo e a quem o abismo devolveu o olhar.

No fundo, as atrozes orgias, poderiam não passar de um concurso, cujo prémio são "umas férias dos sonhos", em algum lugar, ligeiramente mais atroz daqueles que o regime nos oferece, mas em que ainda podemos rejeitar a participação. Simplesmente, as humilhações que se sofrem e as coisas que se comem, não são a troco da sobrevivência, mas de 15 ou 20 contos e de um reconhecimento público.

Extremamente desaconselhável para menores de 18 anos.

Contém cenas de:

Nudez total (masculina, feminina, adolescente, infantil);

Sexo;

Violência extrema;

Masturbação;

Ereção;

Blasfêmia;

Tortura;

Sadismo;

Barbarismo;

Sodomia;

Crueldade;

Homossexualismo;

Coprofagia e coprofilia;

Degradação e Humilhação;

"Um filme que jamais devia ter sido feito, mas foi ... e acabou por ser a sentença de morte de seu idealizador"

IMDB

1.7.07

O Silêncio do Lago (George Sluizer) 1988

A versão original do fantástico suspense de George Sluizer é o próximo filme do SESC Cineclube Silenzio. A sessão é neste sábado:
07/07 às 19:30hrs no SESC Cascavel-PR

A entrada é GRÁTIS.



Sinopse: Um casal de namorados, Rex e Saskia, discute durante uma viagem. Após uma parada em um posto de gasolina ela some misteriosamente. Rex inicia uma busca desesperada pela namorada e tempos depois uma pista aparece e ele se envolve em uma trama sinistra.


Título original: Spoorloos (HOL/FRA)

Gênero: Suspense/Mistério

Ano de Produção: 1988

Tempo de duração: 107 minutos

Inadequado para menores de 14 anos.


Contém cenas de:

Conflitos psicológicos atenuados;

Violência leve;




Elenco:

Bernard-Pierre Donnadieu ... Raymond Lemorne
Gene Bervoets ... Rex Hofman
Johanna ter Steege ... Saskia Wagter
Gwen Eckhaus ... Lieneke
Bernadette Le Saché ... Simone Lemorne
Tania Latarjet ... Denise Lemorne
Lucille Glenn ... Gabrielle 'Gaby' Lemorne
Roger Souza ... Empresário
Caroline Appéré ... Cashier
Pierre Forget ... Farmer Laurent
Didier Rousset ... Jornalista de TV
Raphaeline ... Gisele Marzin
Robert Lucibello ... Professor
David Bayle ... Lemorne (16 Anos)
Doumee ... Lady 'Prisunic' (como Doumée)




"Você nunca mais vai querer deixar seu/sua amado(a) longe de seu campo de visão depois desse filme" Kyle Millingan (IMDB)