23.12.06

Agora no Orkut

Agora estamos no Orkut.
Quem quiser adicionar para sempre ficar ligado no que vai rolar,
é só acessar:
Feliz natal e Ano Novo

16.12.06

Entre mortos e feridos...

Encerramos este ano tivemos um boa pláteia em todos os filmes, o que nos faz agradecer imensamente todas as pessoas que participaram, ajudaram, ou mesmo não interferiram atrapalhando o trabalho.
Pois bem, alguns pontos para o ano que vem. Não iremos parar. Apesar de alguns poucos assim o quererem.
Temos ainda muitas novidades e para a comodidade, maior interação e confiabilidade, estaremos mudando o local das exibições, que será informado aqui no começo do próximo ano.
Eis uma prévia do que vem por aí:
Saló - Ou Os 120 Dias de Sodoma (Pier Paolo Pasolini) - Último filme de Pasolini, que jamais foi lançado no Brasil e foi banido em diversos países
A Entrevista (Takashi Miike) - Filme do novo enfant-terrible japonês
Cannibal Holocaust (Rugero Deodato) - o famigerado filme que inspirou Bruxa de Blair
Nekromantik (Jörg Buttgereit) Outro filme proibidíssimo cuja exibição em alguns países é punida com cadeia.
Só Contra Todos (Gaspar Nóe) - Um dos primeiros filmes do mesmo diretor de Irreversível
Eraserhead (David Lynch) - primeiro filme do diretor.
E muitos outros.
Contamos com sua presença.
Bom final e início de ano a todos!

13.12.06

Filme Russo encerra sessões do CineClube este ano

O russo Sergei Eisenstein, um dos grandes nomes da história do cinema e teórico refinado, via a montagem como a alma dos filmes. Para ele, o sentido da obra não estava nas cenas, e sim no encadeamento entre elas. Essa idéia ainda vigora. Mas outro russo, Alexander Sukurov, decidiu ser do contra. Fez um filme sem montagem, rodado em um único plano-seqüência, uma longa cena sem corte. O resultado desse feito, nunca antes alcançado, é o monumental Arca Russa. São 96 minutos filmados sem interrupções e com mais de 2 mil figurantes.
A sensação de ação é dada apenas pelo movimento da câmera e dos atores em 35 salas do museu L'Hermitage, em São Petersburgo, ex-palácio dos czares, onde os quadros e três décadas da história da Rússia convivem em melancólica harmonia. Perfeccionista, o diretor exigiu que nenhum ruído fosse feito durante a gravação. Marcou as posições dos atores com o rigor de um coreógrafo de balé. Distorções sonoras e visuais foram corrigidas por computador depois da filmagem e o material captado em vídeo foi transposto para película. Foi uma realização épica.
Para cumpri-la, Sukurov - o maior cineasta de seu país no momento e autor de pelo menos duas obras-primas, 'Mãe e Filho' e 'Moloch' - esperou 15 anos. Antes da tecnologia digital, que permite filmar por mais tempo sem cortar, seria impossível a produção de Arca Russa.
Sukurov teve de pedir para fazerem uma alteração em uma câmera digital de alta definição. O aparelho foi amarrado na cintura do diretor de fotografia. o alemão Tilman Büttner, que se locomovia com o material de 30 quilos sem poder errar. Antes do dia D, em 23 de dezembro de 2001, houve muito ensaio. Oito meses de dedicação exaustiva a cada detalhe. Nos primeiros minutos, ocorreu um erro técnico. Começaram de novo. 'É como saltar de uma torre de 20 metros em um ato de fé', disse Sukurov em entrevista reproduzida no livro sobre sua obra, editado pela Cosac & Naif e organizado por Alvaro Machado. 'Você respira fundo e dá um passo em direção ao vazio, sem saber se vai sobreviver.'
Por que a falta de cortes? 'Para tentar não manipular tanto o olhar do espectador como nos filmes com montagem', disse o cineasta a Revista Época. Sua opção tem, no entanto, outra função. O fluxo contínuo permite a interação entre tempos distintos. São mais de 300 anos de Rússia sintetizados no L'Hermitage, onde celebridades históricas do país, como Pedro, o Grande, convivem com visitantes do presente. Fronteiras cronológicas são rompidas pelo fluxo contínuo.
Muito mais que a experiência, Arca Russa deixa-se guiar pelo olhar atento do espectador em câmera subjetiva e literalmente o leva a passear pela história russa, como se ela de repente desfilasse em frente aos seus olhos. No mínimo arrebetador, vale ao menos, conferir.
Após o filme, como de praxe, debate com convidados
O QUE: Filme "Arca Russa" - 97 minutos - 2002
Direção: Aleksander Sokurov
Roteiro: Boris Khaimsky, Anatoli Nikiforov, Svetlana Proskurina e Aleksander Sokurov
Produção: Andrei Deryabin, Jens Meuer, Jens Meurer e Karsten Stöter
Música: Sergei Yevtushenko
Fotografia: Tilman Büttner
Direção de Arte: Natalya Kochergina e Yelena Zhoukova
Figurino: Maria Grishanova, Lidiya Kryukova e Tamara Seferyan
Edição: Stefan Ciupek, Sergei Ivanov e Betina Kuntzsch
Elenco
Sergei Dontsov (Estranho)
Mariya Kuznetsova (Catarina, a Grande)
Leonid Mozgovoy (Espião)
David Giorgobiani (Orbeli)
Aleksandr Chaban (Boris Piotrovsky)
Maksim Sergeyev (Pedro, o Grande)
Anna Aleksakhina (Alexandra Fyodorovna)
Konstantin Anisimov (Primeiro cavaleiro)
Aleksei Barabash (Segundo cavaleiro)
Vladimir Baranov (Nicolau II)
Valentin Bukin (Oficial militar)
Kirill Dateshidze (Mestre de cerimônias)
Yuli Zhurin (Nicolau I)
Natalya Nikulenko (Catarina)
QUANDO: Sexta-feira, dia 15 às 19:30hrs
ONDE: Sala Lala Schneider (em cima da Biblioteca)
QUANTO: Grátis
INFORMAÇÕES: cineclubesilenzio@hotmail.com
OBS.: Não é pré-requisito, mas se quiser dar uma olhada breve na História Russa antes da sessão, pode acessar: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_R%C3%BAssia
FONTE: Entrevista de Sokurov à Revista Época

10.12.06

Problemas na última exibição (09/12)

Na primeira exibição, 02/12 (I Clowns) não tivemos nenhum tipo de problemas técnicos, a não ser a desregulagem do projetor no contraste e brilho. Levando isto em conta, pedimos ao colega e grande apoiador do projeto Jeferson Kaibers, em função de seu cargo dentro da Secretaria, para que o equipamento fosse acertado para este último sábado. Fomos pegos de surpresa, pois o projetor não funcionou de jeito nenhum, ligado apenas na última hora porque a sala estava fechada antes. Assim, com a presença do Dr. Jesus (citado no último post) aguardando para realizar o debate e a sala praticamente lotada pelo público, invertemos a programação, antecipando o bate-papo enquanto tentavamos colocar o filme na televisao 29 polegadas que estava na sala. Para que fosse assim ainda, tivemos que ligar o dvd no vídeocassete e este na televisão porque o controle da mesma não estava lá. Cabos tiveram que ser buscados em outros departamentos, pois também não estavam disponíveis na sala de projeção, assim como o suporte técnico para a mesma. Ao final da exibição, que atrasou praticamente UMA HORA graças a estes problemas, descobrimos que o projetor foi sim regulado na segunda-feira e retirado da sala de projeção (o que até onde sabiamos era proibido) para um evento no prédio da Biblioteca Municipal, sendo levado de volta e colocado apenas no suporte. Sem uma nova averiguação. Gostariamos ainda de deixar claro que o CINECLUBE SILENZIO não possui nenhum fim lucrativo e vem sendo apoiado pela Secretaria de Cultura na cessão do espaço para as exibições. Assim, pedimos que não haja este DESCASO com o trabalho quase que "voluntário" que estamos desempenhando, já que se trata de um projeto de finalidade cultural e até o momento está sendo bem aceito (com quase lotação total da sala nas duas exibições até agora). Em resumo pedimos verdadeira colaboração de todos os responsáveis, considerando a célebre frase: SE NÃO VAI AJUDAR, NÃO ATRAPALHA! Obs: Jeferson, agradecemos seu apoio, nos desculpamos por envolvê-lo nesta situação desagradável, mas você estava presente, é testemunha do que aconteceu e sabe quão necessário é este desabafo. Abraço!

7.12.06

Agradecimento...

Mantendo ainda a programação para o dia 09/12 com Macunaíma, gostariamos de registrar o agradecimento ao Dr. Antônio Jesus presidente da ACL (Academia Cascavelense de Letras) que participará do debate após o filme e em pessoa apóia e incentiva a manutenção do CineClube.

5.12.06

Cinema Novo contemplado na próxima exibição do CineClube

O Cinema Novo, para quem perdeu o trem nas últimas décadas, foi o maior movimento cinematográfico já visto no Brasil, quando se destacaram os nomes de Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos, Luiz Carlos Barreto e Joaquim Pedro de Andrade. Este último, diretor do filme Macunaíma, que será exibido sábado 09/12 às 16h. Extraído do romance de Mário de Andrade, Macunaíma apresenta-se como uma ressurreição mitológica do anti-herói brasileiro perfeitamente adaptado para os fins dos anos 60. Para uma idéia, segundo o próprio diretor, Macunaíma "é a história de um homem que foi comido pelo Brasil".
O filme por sua vez, teve muitos problemas com a censura na época de sua estréia, prejudicado um bom tanto na sua carreira por aqui até então. "Coisas de Brasil à parte" foi somente há cerca de dois anos que o mesmo foi totalmente remasterizado e re-lançado mundo afora.
Utilizando elementos por vezes folclóricos, por vezes surreais, mas sem jamais deixar de lado sua crítica social ferrenha, o filme não é tão fiel ao livro como parece, mas sem dúvida se coloca como obra-prima ao lado dele. Macunaíma será precedido pelo curta inédito "Brasília, Contradições de uma Cidade Nova" (também dirigido por Joaquim de Andrade) que parecia estar perdido até anos atrás.
Obs.: Quem cuidou da restauração (leia-se remasterização em alta-definição) foi o diretor de fotografia dos dois filmes, Affonso Beato (o brasileiro que é o diretor de fotografia de quase todos os filmes de Pedro Almodóvar).
Após a exibição do longa, como de praxe, seguirá debate com convidados.
O quê: Macunaíma (Brasil) - 1969 - 106 minutos
Direção:Joaquim Pedro de Andrade
Roteiro: Joaquim Pedro de Andrade, baseado em livro de Mário de Andrade
Produção: Joaquim Pedro de Andrade
Música: Jards Macalé, Orestes Barbosa, Silvio Caldas e Heitor Villa-Lobos
Fotografia: Guido Cosulich e Affonso Beato
Desenho de Produção: Anísio Medeiros
Figurino: Anísio Medeiros
Edição: Eduardo Escorel
Elenco:Grande Otelo (Macunaíma)
Paulo José (Macunaíma)
Dina Sfat (Ci)
Milton Gonçalves (Jiguê)
Jardel Filho (Pietro Pietra)
Rodolfo Arena (Maanape)
Joana Fomm
Maria do Rosário
Hugo Carvana
Wilza Carla
Zezé Macedo
Maria Lúcia Dahl
Quando: Sábado, Dia 09 de Dezembro às 16 horas
Quanto: Grátis
Onde: Sala de Cinema da Biblioteca Municipal (Em cima da Biblioteca)