24.9.08

Neste sábado dia 27/09 às 19:30h
No SESC Cineclube Silenzio
ENTRADA GRATUITA




Título Original: Festen / Celebration

Gênero: Drama

Origem/Ano: DIN/1998

Duração: 105 min

Direção: Thomas Vinterberg

Elenco:

Ulrich Thomsen... Henning Moritzen... Thomas Bo Larsen... Paprika Steen... Birthe Neumann... Trine Dyrholm... Helle Dolleris... Therese Glahn... Klaus Bondam... Bjarne Henriksen... Gbatokai Dakinah... Lasse Lunderskov... Lars Brygmann... Lene Laub Oksen... Linda Laursen...

transp.gif (45 bytes)Christian Klingenfeldt transp.gif (45 bytes)Faderen transp.gif (45 bytes)Michael transp.gif (45 bytes)Helene transp.gif (45 bytes)Moderen / Mother transp.gif (45 bytes)Pia transp.gif (45 bytes)Mette transp.gif (45 bytes)Michelle transp.gif (45 bytes)Toastmasteren transp.gif (45 bytes)Kokken / Cook transp.gif (45 bytes)Gbatokai transp.gif (45 bytes)Onklen / Uncle transp.gif (45 bytes)Receptionisten transp.gif (45 bytes)Søsteren / Sister transp.gif (45 bytes)Birthe

Sinopse: Durante o aniversário de 60 anos do patriarca dos Klingenfelt é organizada uma grande festa para seus parentes num hotel de luxo. Um grande escândalo se anuncia em pleno banquete, quando seu filho mais velho resolve acusá-lo de abuso sexual na infância.

3 comentários:

Anônimo disse...

O Decálogo do Cinema Dinamarquês

Vander Colombo

Na época todo mundo achou loucura, logo em seguida todo mundo achou genial, hoje muita gente fala que foi golpe de marketing. Não há conclusão, e besteira na boca de crítica de cinema é molar. O fato é que o manifesto fundado por Thomas Vinterberg e Lars Von Trier intitulado Dogma 95, serviu ao menos para revolucionar por completo o cinema independente mundial.
Os dois propuseram uma total quebra com os paradigmas do cinema que existia até então, inclusive o próprio cinema “indie” que se denunciava pelo 16mm em planos fixos. Traçaram-se então 10 regras básicas para que um determinado filme fosse aceito nos parâmetros do Dogma 95:

I. As filmagens devem ser feitas em locais externos. Não podem ser usados acessórios ou cenografia (se a trama requer um acessório particular, deve-se escolher um ambiente externo onde ele se encontre).
II. O som não deve jamais ser produzido separadamente da imagem ou vice-versa. (A música não poderá ser utilizada a menos que ressoe no local onde se filma a cena).
III. A câmera deve ser usada na mão. São consentidos todos os movimentos - ou a imobilidade - devidos aos movimentos do corpo. (O filme não deve ser feito onde a câmera está colocada; são as tomadas que devem desenvolver-se onde o filme tem lugar).
IV. O filme deve ser em cores. Não se aceita nenhuma iluminação especial. (Se há muito pouca luz, a cena deve ser cortada, ou então, pode-se colocar uma única lâmpada sobre a câmera).
V. São proibidos os truques fotográficos e filtros.
VI. O filme não deve conter nenhuma ação "superficial". (Homicídios, Armas, etc. não podem ocorrer).
VII. São vetados os deslocamentos temporais ou geográficos. (O filme se desenvolve em tempo real).
VIII. São inaceitáveis os filmes de gênero.
IX. O filme deve ser finalizado em 35 mm, padrão.
X. O nome do diretor não deve figurar nos créditos.


O que acabou acontecendo foi que os dois primeiros filmes foram tão inusitados e causaram tamanha perplexidade que os demais filmes lançados depois nos mesmos moldes raramente conseguiriam equiparar.
O primeiro filme do manifesto foi Festa de Família (Dogme #1 – Festen) de Thomas Vinterberg, que conta a história da reunião familiar em celebração ao aniversário do patriarca, anos depois de uma das filhas, no mesmo lugar, ter se suicidado. O clima parece de descontração, porém em pouco tempo a estrutura começa a vir abaixo num crescendo caótico, onde revelações são cuspidas de maneira cada vez mais escandalosa, e o podre que havia na família vem cada vez mais à tona.
A grande sacada do roteiro, além da própria história, foi a escolha do tema em decorrência das leis. Como a câmera escolhida foi uma 8mm digital, a impressão que se tem é que se na maior parte das vezes há alguém gravando a reunião, inserido dentro da própria diegese, com exceção, é claro, de algumas aparições fantasmagóricas que ainda se discute se obedeciam ou não as regras co-criadas pelo próprio diretor.
O certo é que essa tentativa de afastamento total do cinema comercial saiu pela culatra. Festa de Família concorreu ao Oscar e os outros filmes do diretor já foram falados totalmente em inglês, com destaque para o belo It’s All About Love (que, aí sim numa tentativa de golpe de marketing bizarro, recebendo o absurdo título no Brasil de Dogma de Amor) e o intertextual Querida Wendy.
Hoje centenas de filmes figuram na lista do Dogma 95, a maior parte deles descartável. Apesar de Lars Von Trier ainda trabalhar com câmera no ombro, seus filmes não seguem mais as outras regras e o próprio Vinterberg escolheu um jeito mais Kieslowski de dirigir. O sonho acabou mas os 4 filmes iniciais do manifesto são dignos da revolução e servirão de estudo de um movimento cinematográfico moderno, em épocas que a sétima arte parecia não mais se importar com eles, em favorecimento de um plano cada vez mais comercial.


O filme “Festa de Família” será exibido
neste sábado dia 27/09 às 19:30h no
SESC Cineclube Silenzio.
A entrada é gratuita.

Anônimo disse...

Esse filme é uma rara obra de arte. Eu amo assistí-lo e passar para meus alunos e alunas... Sério, de qualidade, que nos ensina muito (se bem que esse num é o objeto do Dogama, mas é meu)... Interpretações espetaculares.

Anônimo disse...

Concordo - obra de arte. Hiran Pinel