13.10.07

Felicidade (Todd Solondz) 1998

SÁBADO 20/11/2007
às 19:30h no SESC Cineclube Silenzio
ENTRADA GRÁTIS





Sinopse Felicidade é o retrato de uma série de pessoas interligadas por laços familiares ou sociais, todas elas vivendo num estado de desespero ou de simples depressão, e levadas a tomar atitutes imorais ou criminosas.
Joy Jordan procura o homem certo e a definição de uma situação laboral que a torne um membro útil da sociedade. Ocorre-lhe "ajudar os outros". Na verdade, desejava ter sucesso enquanto cantora folk.
A irmã de Joy, Helen, é uma escritora bem sucedida e uma "femme fatale" devoradora de homens, mas completamente insatisfeita com a vida. Autora de textos como "Violada aos 12" e "Violada aos 13", lamenta não ter tido uma experiência traumática na infância que lhe permitisse transmitir alguma verdade naquilo que escreve.
A última das irmãs Jordan é Trish, uma dona de casa com uma vida banal. É casada com um psicólogo, Bill Maplewood, que sente uma atração irresistível por rapazes no início da puberdade. O filho de 11 anos, Billy, atravessa uma crise por não conseguir alcançar o orgasmo, ao contrário de todos os rapazes da sua turma. Allen é plenamente patético. Não consegue encarar uma relação normal e procura satisfação através de chamadas telefônicas obscenas para mulheres desconhecidas. Nem todas são desconhecidas; a sua "vítima" preferida é a vizinha Helen.

. Críticas

"Felicidade" é um brilhante filme, de certa forma irônico, que acompanha a vida de três irmãs bem diferentes, todas à procura da 'felicidade', cada uma a seu modo, mas nenhuma conseguindo ter sucesso. Roteirizado e dirigido por Todd Solondz, o filme procura passar a mensagem de que a verdadeira felicidade é um mito. O roteiro de Solondz é perfeito. A trama é desenvolvida com bastante sensibilidade. Ao contrário da maioria dos filmes, que trata pessoas com desvios sexuais e de caráter, tais como pedófilos e criminosos, como verdadeiros monstros, Solondz procura, em "Felicidade", vê-las como seres humanos.

A fotografia de Maryse Alberti é suave e a trilha sonora é adequada. Mas o maior brilho de "Felicidade" reside na série de extraordinárias atuações proporcionadas pela maioria do elenco.


"Felicidade é... saber que há americanos como Solondz acima da linha do Equador que não nos seca o sangue da boca com a bandeira americana depois de um chute com seu Nike. Ele nos traz um filme forte, inteligente, realista ao extremo e sobretudo, corajoso."


"O filme oferece uma visão humanista de personagens outsiders, tirando a carga de estereótipos que eles costumam ganhar em blockbusters de Hollywood e, assim, aproximando-os do espectador. A destruição avassaladora do sonho americano é mais impactante e comovente que a promovida em "Beleza americana". O diretor não tem medo de jogar na tela e na cara do público cenas fortes, algumas que fazem rir e chorar ao mesmo tempo. Atuações brilhantes e, melhor de tudo, um autor que tem muito o que dizer e não está disposto a fazer algumas concessões em suas obras para levar Oscars para casa. É um dos grandes filmes da década de 90, um dos poucos que merecem nota 10 sem sombra de dúvida."


"Perfeito! Coloca "Beleza Americana" no bolso em menos de 5 minutos na tela."



Elenco: Jane Adams (Joy Jordan)
Jon Lovitz (Andy Kornbluth)
Philip Seymour Hoffman (Allen)
Dylan Baker (Bill Maplewood)
Lara Flynn Boyle (Helen Jordan)
Justin Elvin (Timmy Maplewood)
Cynthia Stevenson (Trish Maplewood)
Lila Glantzman-Leib (Chloe Maplewood)
Gerry Becker (Psicoterapeuta)
Rufus Read (Billy Maplewood)
Louise Lasser (Mona Jordan)
Ben Gazzara (Lenny Jordan)

EUA, 1998, Cor, 134min.


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